Em todo o Espírito Santo, 320 mil pessoas vivem em áreas de risco. Segundo o Estudo Geológico do Brasil, são 68 mil imóveis que correm risco de desabamento e a situação fica ainda mais perigosa em períodos chuvosos.
A casa da aposentada Jaciara Gonçalves, no bairro Fradinhos, em Vitória, está interditada por causa desse risco. A Defesa Civil esteve no local e disse que o muro, que é de um terreno da prefeitura, pode desabar.
“Agora eu consegui um lugar pra ficar em Maruípe, só que eu vou ter que dispor de um valor que não era previsto. Diante da negação da Defesa Civil, que me mandou um questionário da minha vida socioeconômica, e pelo meu salário eles me negaram o Aluguel Social”, disse a moradora.
No bairro Jaburu, imóveis receberam adesivos que indicam que os moradores vão precisar sair. A prefeitura começou um processo para fazer uma obra de contenção dos blocos de pedra que ficam no alto do morro. Agora, a família dela vai ter que procurar outra casa.
A Defesa Civil de Vitória está em contato com os moradores desses dois bairros, e disse que quem precisar sair de casa vai contar com uma ajuda financeira.
“Diante desse cenário, nós estamos liberando o Aluguel Social também para todas as famílias do Jaburu, porque aí vamos ter a garantia de que todos vão sair para um local seguro. Já em Fradinhos nós temos um muro em situação de risco que é uma divisa de terreno. os moradores já estão saindo, mas a prefeitura também está dando todo apoio aos munícipes. Assim que a obra for concluída, os moradores poderão voltar para seus imóveis”, explicou o coordenador da Defesa Civil de Vitória, Jonathan Jantorno.
Cariacica
Cariacica, na Grande Vitória, também é uma cidade com locais de risco nos bairros. A doméstica Camila Fernandes mora ao lado do mirante de Porto de Santana, perto de uma casa que já foi condenada pela Defesa Civil.
A residência dela também recebeu um laudo indicando riscos, mas ela ainda não sabe o que vai fazer. “Já falaram que era para eu ir pro Cras. Do Cras falaram que era pra gente ir para a Habitação. Eu não sei para onde que a gente tem que ir”, disse Camila.
A vendedora Danielle Rosa também mora em Porto de Santana e a casa dela foi interditada há alguns anos, pouco antes de o teto desabar. “Todo mundo ficou com as casas condenadas e a gente foi incluído no aluguel social”, contou.
Alguns moradores que vivem em áreas de risco disseram que sabem que precisam procurar outro lugar, mas que precisam de apoio da prefeitura.
Sobre essa situação em Cariacica, a prefeitura orientou que os moradores procurem a Gerência de Habitação do município para pedir o Aluguel Social.
G1 ES