Moradores de Linhares, no Norte do Espírito Santo, fizeram uma homenagem aos irmãos mortos carbonizados dentro do próprio quarto, num ato simbólico em frente à casa deles, na noite desta segunda-feira (21).
Velas, bolas brancas e cartazes foram colocados no portão da casa, para lembrar o primeiro mês sem Joaquim e Kauã. A polícia ainda não divulgou informações oficiais sobre como começou o incêndio, se as crianças foram violentadas ou que motivos levaram à linha de investigação de homicídio.
“Sempre que eu passava aqui, eu os via brincando na varanda, sentados aí. Isso fica na minha cabeça, porque eu via os três irmãos ali, com a babá. Agora, eu passo, paro, olho e só vejo isso aí”, falou a auxiliar de serviços gerais Adivalva Costa.
Muitas pessoas vestidas de branco fizeram um minuto de silêncio pelos ‘anjos’, que é como as pessoas estão chamando os meninos.
“Eu sinto como se fosse meu filho. Eu me coloco na dor de mãe. Eu quis trazer meu filho para homenagear o Joaquim e o Kauã”, disse a atendente Jéssica Medeiros.
A homenagem foi em forma de oração e de aplausos. Além disso, o pedido de quem foi ao local é de resposta. Eles querem saber o que realmente aconteceu no dia 21 de abril.
“A gente, que tem filhos, netos, quer saber o que aconteceu com esses dois anjinhos. A gente não sabe o que aconteceu ainda. Queremos o retorno da Justiça”, declarou a aposentada Elieza Grassi.
Os delegados envolvidos no caso se manifestaram pela primeira vez no dia 17 de maio, quando foi pedida a prorrogação da prisão temporária do pastor George Alves, pai de Joaquim e padastro de Kauã. Na ocasião, o delegado André Costa afirmou que o pastor é investigado por homicídio. A delegada Suzana Garcia disse que o trabalho da polícia está em fase final.
G1 ES
