Samarco obtém primeira licença no processo de retomada das atividades

Câmara de Atividades Minerárias, subordinada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, concedeu a licença prévia e de instalação. Autorização para operação depende de adaptações no Complexo de Germano

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Foto: Samarco/Divulgação

A mineradora Samarco conseguiu nesta segunda-feira (11) a primeira licença para retomar as atividades no Complexo de Germano, localizado entre Mariana e Ouro Preto, na Região Central do estado.

A Câmara de Atividades Minerárias (CMI), que compõe o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad) aprovou as licenças prévia e de instalação, que correm juntas, da mina Cava de Alegria Sul.

A liberação foi dada por conselheiros durante a manhã, por 11 votos a 1. A câmara é composta por representantes do poder público e da sociedade civil.

A Samarco informou que ainda não há data para o início da retomada das atividades porque faltam duas licenças de operação.

A Cava de Alegria Sul faz parte do Complexo de Germano, onde ficava a barragem de Fundão, que se rompeu em 5 de novembro de 2015. O desastre matou 19 pessoas, destruiu distritos e devastou o leito do Rio Doce em Minas Gerais e no Espírito Santo.

A empresa decidiu não usar mais as estruturas de barragem para depósito de rejeitos de mineração após o rompimento de Fundão. A opção apresentada para retomar as atividades é usar a cava, que é um espaço confinado, para depositar os rejeitos.

De acordo com a Semad, a licença representa o início para retomada das atividades, mas ainda há pendências, como as adaptações que devem ser feitas na cava para receber os rejeitos e as licenças de operação (LO) e de operação corretiva (LOC).

Ainda segundo a Semad, as duas licenças só serão analisadas após a conclusão das obras de preparação da cava, que serão feitas pela Samarco. A expectativa da pasta é fazer a análise das LO e LOC em meados de 2018.

De acordo com a Samarco, a retomada das atividades será gradual e as licenças prevêem o uso de 26% da capacidade minerária da empresa.

G1 ES

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