Um estudante de Linhares, no Norte do Espírito Santo, conquistou o primeiro lugar numa feira de ciências internacional, no Paraguai, com um projeto para limpar a água do Rio Doce. Com a medalha, Lydia Ellen Tonani garantiu vaga em outras duas feiras fora do Brasil.
A ideia de Lydia surgiu assim que ela viu toda a repercussão do rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais.
“De primeira, comecei a pesquisar o que realmente tinha acontecido, porque eu fui observando. Aí eu percebi metais pesados, mercúrio, chumbo, ferro e fui pesquisando processos relacionados”, disse.
A água suja é retirada do Rio Doce e colocada em garrafas. De lá, ela vai para outro recipiente, onde todo o processo de limpeza da água começa.
“Depois de retirarmos a água do rio e levar para a estação de tratamento, ocorre a inserção de uma corrente elétrica na água. Isso faz com que a sujeira, a lama e as impurezas se juntem, aglutinando e decantem, afundando até o fundo do pote. Aí podemos ver uma separação clara entre a água limpa e a sujeira. Os metais já vão ter se unido com o carbono, o que faz com que eles possam ser retirados por separação magnética, ou seja, utilizando ímã”, explicou a aluna.
Depois que os metais são separados, a água passa por um filtro, que a própria Lydia construiu. “Eu construí o filtro utilizando algodão, brita, areia e carvão ativado. A água já sai praticamente pura”, falou.
Com o projeto, a estudante participou de uma feira de ciências no Paraguai e voltou com a medalha de ouro. Assim, garantiu a vaga em outras duas feiras. “A Expociências, no México, que vai acontecer em dezembro deste ano de 2017. Também ocorrerá uma no Peru”, contou Lydia.
Segundo a coordenadora da pesquisa Nivia Martha Modenesi, a estudante anotou todos os passos e testes da pesquisa.
G1 ES