O Espírito Santo dá mais um passo para se adequar às exigências de mercados internacionais em relação a questões ambientais e ecológicas dos produtos agrícolas. O Governo do Estado está implementando um sistema de monitoramento de áreas que cultivam cafés, cacau e floresta plantada para garantir que a procedência não seja de locais recentemente desmatados.
A tecnologia a ser adotada vai combinar sensoriamento remoto, com imagens de satélite ou de drones, e inteligência artificial para realizar o mapeamento dessas áreas com a com precisão e acurácia, apoiada por etapas de validação de dados em nível de propriedade.
A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) vai implementar a plataforma Selo Verde-ES para atestar a sustentabilidade das propriedades capixabas e a adequação às normas da União Europeia, que não permitem a importação de produtos procedentes de áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2020. Tudo isso será realizado por meio da parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e a participação do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e do Centro de Inteligência Territorial, ligado à Universidade Federal de Minas Gerais.
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, considera que o Espírito Santo dá um grande salto tecnológico em relação à identificação de áreas de cultivo por meio de sistemas de geolocalização. “Para nos adequarmos às atuais exigências dos mercados consumidores, é necessário criar instrumentos que comprovem a origem sustentável dos produtos da agropecuária capixaba, estabelecendo processos de rastreabilidade em todas as cadeias produtivas”, ressalta.
Minas Gerais já estava desenvolvendo a plataforma do Selo Verde mineiro quando convidou representantes capixabas para acompanharem as discussões do Programa AL INVEST Verde, que é uma iniciativa de cooperação entre a União Europeia e a América Latina para apoiar uma transição ecológica sustentável na região.
Desta forma, o Governo do Estado, por meio da Seag, firmou a parceria e foi beneficiado com o acesso à tecnologia que será empregada nos processos de mapeamento de áreas de produção, contribuindo com o planejamento e execução de mecanismos de rastreabilidade para atendimento às normas internacionais.
O Projeto de Mapeamento das Áreas de Produção de Commodities Agrícolas e Implantação da Plataforma Selo Verde no Espírito Santo terá o investimento total de R$ 2,79 milhões, sendo a contrapartida da Seag de R$ 298,4 mil.
A aplicação desses recursos financeiros contempla o desenvolvimento da plataforma on-line Selo Verde-ES, o mapeamento das áreas de café e silvicultura, o mapeamento das lavouras de cacau e a estratégia para atualização do mapeamento do café, cacau e silvicultura do Espírito Santo.
Seag