Espírito Santo registra aumento assustador de 94% no número de queimadas em vegetações

Estatística mostra o comparativo em relação aos primeiros oito meses de 2023. Regiões metropolitana, norte e sul são as mais afetadas, com Serra, Linhares e Cachoeiro entre as cinco cidades com mais ocorrências

0
112
Incêndio atinge área de proteção ambiental de Conceição da Barra | Foto: Divulgação

O ano de 2024 vem sendo uma temporada de gravíssimos problemas ambientais em todo o território brasileiro. O Brasil enfrenta um cenário alarmante em relação ao aumento do número de incêndios florestais, acentuado por uma severa estiagem que atinge diversas regiões, como a Amazônia e o Cerrado, por exemplo. Porém, um estado que também vem enfrentando dificuldades é o Espírito Santo, que teve um aumento de 94% no número de queimadas em vegetações, comparando as 1.199 ocorrências de janeiro a agosto de 2023 com as 2.331 nos oito primeiros meses de 2024, segundo o relatório de atendimentos de incêndios em vegetação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES).

A estiagem prolongada, com a diminuição das chuvas e o aumento das temperaturas, criou condições propícias para a propagação de incêndios em terras capixabas, embora a ação humana – intencional ou não – ainda seja a causa principal. As regiões mais afetadas são a metropolitana (818 ocorrências), a norte (466 ocorrências) e a sul (449 ocorrências), com as cidades de Serra, Linhares, Cachoeiro de Itapemirim, Vila Velha e Colatina formando o top 5 no ranking de mais casos de queimadas. O município de Aracruz, onde a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, também possui uma fábrica ativa e está construindo uma segunda, aparece como o 2° lugar mais afetado da região norte.

O comandante do Corpo de Bombeiros de Aracruz, Major Lucas Sossai, aponta o principal fator responsável pelo aumento de incêndios. “A grande maioria dos incêndios é causada por ações humanas, seja por irresponsabilidade ou intencionalidade, que é pior. É importante ressaltar que quem provoca incêndio pode enfrentar sanções legais, incluindo responsabilidades civis e criminais, fora as tratativas que o IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo) pode colocar”, reforça o major.

O aumento excessivo de queimadas se deu, principalmente, nos últimos meses do período de inverno. Considerando apenas julho e agosto, o Espírito Santo inteiro registrou 1.238 casos de incêndios em vegetações, o que representa 53% das ocorrências de 2024. Pior que os números espantosos é saber o tamanho do prejuízo socioambiental deixado pelo fogo. Além da perda de biodiversidade e do habitat de inúmeras espécies, os incêndios afetam a qualidade do ar e agravam problemas de saúde pública nas áreas afetadas.

Luiz Bueno, Gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Suzano, confirma os prejuízos. “As chamas representam danos sérios para o meio ambiente, saúde pública e economia local, uma vez que acarretam o aumento de atendimentos hospitalares e gastos gerais da população com a saúde”, reforça ele. “Com o ‘Guardiões da Floresta’ podemos intensificar nossa capacidade de resposta ao unificar as chamadas em um único canal, garantindo um monitoramento mais rápido e eficiente”, finaliza Bueno, mencionando o canal próprio da Suzano para captar denúncias de incêndios. A população pode ligar gratuitamente ou enviar mensagens via Whatsapp para o número 0800 203 0000 a fim de obter informações sobre como contribuir com a proteção das florestas ou reportar problemas.

Mais de 50% de áreas de preservação do Espírito Santo foram incendiadas

Olhando exclusivamente para áreas de preservação no estado, podemos constatar outro fato preocupante: 52,4% dessas extensões já tiveram algum caso de incêndio em 2024. Ao todo, foram 77 ocorrências e quase 60 hectares atingidos, segundo dados da equipe de inteligência do setor de prevenção e combate a incêndios florestais da Suzano. Cidades como Sooretama, Conceição da Barra, São Mateus e Montanha são as que registraram mais hectares atingidos nesta situação, como podemos ver no gráfico abaixo.

“Essas áreas de preservação são fundamentais para a fauna e flora locais, claro, mas são importantes também para o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida das comunidades que delas dependem. Queimar uma floresta ou uma pequena vegetação que seja é destruir vidas. E a Suzano atua sempre em prol da vida, do meio ambiente, da sustentabilidade. Então seguiremos combatendo incêndios sempre que pudermos, mas também fazemos um apelo para quem ateia fogo em alguma área: não faça, é crime e afeta pessoas, animais, empresas, propriedades, o ar, enfim, o planeta”, afirma Luiz Bueno.

O comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Espírito Santo, o tenente-coronel Wanderson Luchi, também cita o crescimento desproporcional de incêndios e faz um alerta sobre acidentes automobilísticos em estradas. “Para se ter ideia, neste ano tivemos um aumento de 169% de chamados para atendimento de queimadas. Isso falando de chamados diretamente feitos para a Polícia Ambiental. Nós já efetuamos 14 autos de infração, perfazendo um total de R$ 360 mil. De área degradada por queimada, segundo nossos registros, já foram 29,57 hectares. Conduzimos três pessoas em flagrante para a delegacia e essas pessoas responderão processo criminal pelo Artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais, que é colocar incêndio em mata ou floresta. Mas ainda é necessário dizer que os prejuízos são também para a saúde da população e, além disso, a fumaça pode reduzir a visibilidade no trânsito e causar acidentes”.

A Suzano é uma das empresas que atua de forma integrada com as instituições especializadas no combate a queimadas, e busca contribuir com a proteção do patrimônio natural brasileiro. A implementação de políticas de prevenção e controle de incêndios, aliada a campanhas de conscientização sobre o uso do fogo, é fundamental para proteger a vegetação.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br

Assessoria Suzano