A inflação oficial do Brasil voltou a acelerar em fevereiro, atingindo 0,83%, de acordo com o IBGE. Esse é o maior nível mensal desde fevereiro de 2023. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulou alta de 4,5%, atingindo o teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O aumento dos preços ligados à educação, com destaque para os cursos regulares, foi o principal fator que contribuiu para o resultado deste mês, com uma alta de 4,98%. Além disso, outros grupos de produtos e serviços também registraram alta em fevereiro, como alimentação e bebidas (0,95%) e transportes (0,72%). Na alimentação no domicílio, os preços da cebola, batata-inglesa, frutas, arroz e leite longa vida tiveram aumentos significativos, impulsionados por fatores climáticos. Já a alimentação fora do domicílio teve uma alta de 0,49% em fevereiro, acelerando em relação ao mês anterior.
A alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) também foi influenciada pelo grupo transportes, que registrou alta de 0,72% e impacto de 0,15 p.p. no total. Todos os combustíveis pesquisados tiveram aumento, com destaque para a gasolina, que teve o maior impacto individual. No grupo habitação, a alta da taxa de água e esgoto e a queda no gás encanado foram os destaques. Em comunicação, a inflação foi de 1,56%, pressionada pelas altas na TV por assinatura e no combo de telefonia, internet e televisão paga.
Por outro lado, o grupo de vestuário registrou queda de 0,44% em fevereiro, com redução nos preços de roupas masculinas e femininas. As passagens aéreas também apresentaram queda no mês, após terem impactado significativamente a inflação no ano anterior. Em relação aos índices regionais, todas as regiões do país tiveram alta em fevereiro. Aracaju registrou a maior variação, impulsionada pelo aumento dos preços da gasolina. Por outro lado, Rio Branco teve o menor resultado devido à queda nos preços das passagens aéreas.
Jovem Pan