Com o objetivo de elevar o padrão das amêndoas de cacau cultivadas no estado, o deputado Lucas Scaramussa (Podemos) apresentou na Assembleia Legislativa (Ales) o Projeto de Lei 03/2024, que institui a Política Estadual de Incentivo à Produção de Cacau de Qualidade no Espírito Santo.
“Queremos que nosso estado seja cada vez mais reconhecido por produzir um cacau de qualidade superior. E para isso, precisamos cuidar de todas as etapas, desde o plantio até a comercialização”, explica o autor do projeto.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Agricultura, o Espírito Santo é o terceiro maior produtor de cacau do Brasil, com 45 municípios cultivando o fruto. Somente em 2022, a produção capixaba foi superior a 11 toneladas, movimentando R$ 143 milhões.
Considera-se de categoria superior o fruto classificado como de alto padrão de qualidade por suas características físicas, químicas e sensoriais, de acordo com processos de análise e certificação reconhecida.
Ações
Dentro das ações propostas está a criação de parcerias com entidades públicas e privadas; o apoio ao comércio interno e externo de cacaus especiais e de qualidade; o estímulo ao investimento produtivo direcionado ao atendimento das demandas do mercado; o fomento à pesquisa, ao desenvolvimento de variedades superiores e ao uso de tecnologias de produção e industrialização para elevar a qualidade do produto.
“A experiência positiva de outras regiões evidencia os benefícios de uma política focada na qualidade da produção de cacau. A inclusão de práticas inovadoras e sustentáveis, aliada a incentivos adequados, tem se mostrado eficaz para impulsionar a produtividade, aumentar a competitividade no mercado nacional e internacional, e, crucialmente, elevar a qualidade do cacau produzido”, argumenta Lucas Scaramussa na justificativa da matéria.
Para o deputado, a implementação da política contribuirá para o fortalecimento da economia local, com condições de produção mais favoráveis, e para a construção de “uma imagem de excelência associada ao cacau produzido no Espírito Santo”.
“(Ao) alinhar nossa legislação com experiências bem-sucedidas, estamos não apenas aproveitando boas práticas já estabelecidas, mas também facilitando parcerias inter-regionais, fomentando a troca de conhecimentos e fortalecendo a coesão entre os diversos produtores de cacau”, complementa.
Tramitação
O projeto passará por análise nas comissões de Justiça, Agricultura e Finanças antes de ser votado pelos deputados.
Informações de assessoria