A inflação acumulada no Brasil fechou o ano de 2023 em 4,62%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira, 11. Esse valor está 0,13 pontos percentuais abaixo do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CVM), que era de 4,75%. Durante o ano, não houve grandes oscilações no IPCA, e em nenhum mês o índice chegou a 1%, com exceção de junho, quando ocorreu uma deflação de -0,08%.
O grupo que mais contribuiu para o resultado do IPCA em 2023 foi o de Transportes, que teve uma alta de 7,14%, representando um impacto de 1,26 pontos percentuais no acumulado do ano. Em seguida, aparecem os grupos de Saúde e cuidados pessoais, com alta de 6,58% e impacto de 0,86 p.p., e Habitação, com alta de 5,06% e impacto de 0,77 p.p. O grupo de maior peso no IPCA, Alimentação e bebidas, teve um crescimento de 1,03% ao longo do ano. Em dezembro, a inflação do país foi de 0,56%, sexto mês seguido em alta.
Dentro do grupo de Transportes, o subitem que mais influenciou o IPCA foi a gasolina, que teve uma alta de 12,09% e um impacto de 0,56 p.p. Entre os 377 subitens que compõem o índice, o emplacamento e licença teve uma alta de 21,22% (0,53 p.p.), enquanto as passagens aéreas subiram 47,24% (0,32 p.p.). Já os preços dos automóveis novos tiveram um aumento de 2,37%, em um ritmo menor do que em 2022, quando o crescimento foi de 8,19%. Por outro lado, os automóveis usados tiveram uma queda de -4,80% em relação ao ano anterior. No grupo de Saúde e cuidados pessoais, o subitem que mais contribuiu para o resultado foi o plano de saúde, que teve uma alta de 11,52% e um impacto de 0,43 p.p. Essa alta foi consequência da medida adotada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que fixou o teto para reajuste dos planos individuais novos em 9,63% entre maio de 2023 e abril de 2024.
Jovem Pan