De janeiro a novembro de 2023, as divisas somaram mais de US$ 1,9 bilhão, ou R$ 9,4 bi, valor 12% superior ao total exportado em todo o ano passado (US$ 1,7 bi). No acumulado deste ano, o crescimento foi de 21,4% no valor comercializado e de 6,7% em volume, na comparação com o mesmo período de 2022. Mais de 2,3 milhões de toneladas de produtos do agronegócio capixaba foram embarcadas para o exterior.
As maiores variações positivas no valor comercializado foram para gengibre (+94%), café cru em grãos (+54,8%), carne bovina (+37,6%), café solúvel (+12,4%) e celulose (+6,8%), que compensaram a queda em divisas da carne de frango (-45,5%), peixes (-40,2%), mamão (-15,4%) e pimenta-do-reino (-9,1%). Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba — complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino —representaram mais de 92,5% do valor total comercializado de janeiro a novembro deste ano.
Em relação ao volume comercializado, houve variações positivas para café cru em grãos (+99,4%), carne bovina (+41,8%) e pimenta-do-reino (+8,2%). Houve queda na quantidade exportada de carne de frango (-49,7%), peixes (-37,2%), mamão (-27,5%), gengibre (-9,8%), álcool etílico (-8%), café solúvel (-3,9%) e chocolates e preparados com cacau (-2%).
“Com resultados apresentados até aqui, é possível ultrapassar neste ano os US$ 2,1 bilhões em divisas com as exportações do agronegócio capixaba para mais de 100 países e alcançar o melhor resultado desde 2011, fruto de muito trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem atingir mercados em todos os continentes com produtos de qualidade e sustentáveis”, afirma o secretário de Estado de Agricultura, Enio Bergoli.
No acumulado de janeiro a novembro, dez produtos se destacaram no valor comercializado. O complexo cafeeiro permanece em primeiro lugar na geração de divisas com US$ 923 milhões (48%), seguido por celulose com US$ 704,2 milhões (36,6%), pimenta-do-reino com US$ 151,6 milhões (7,9%), gengibre com US$ 34,2 milhões (1,8%), mamão com US$ 18,9 milhões (0,98%), carne bovina com US$ 17,6 milhões (0,91%), chocolates e preparados com cacau com US$ 14,8 milhões (0,77%), álcool etílico com US$ 12,4 milhões (0,65%), carne de frango com US$ 8,6 milhões (0,45%) e peixes com US$ 5,3 milhões. O conjunto de outros diversos produtos do agronegócio somou US$ 31,2 milhões (1,62%).
Na pauta de exportação do ano passado, a celulose foi o principal produto do agronegócio capixaba, correspondendo a 40,53% do valor das exportações. Contudo, em 2023, o complexo cafeeiro passou a ocupar o primeiro lugar, impulsionado pelo café conilon que quase triplicou o volume de sacas exportadas neste ano. De acordo com o Centro de Comércio do Café de Vitória (CCCV), de janeiro a novembro deste ano, foram exportadas 3.512.621 sacas de café conilon cru em grãos, enquanto no total de 2022 foram exportadas 1.182.864 sacas.
Além das exportações de café conilon cru em grãos, ainda há volumes consideráveis de café solúvel, cuja exportação foi de 435.457 sacas de janeiro a novembro de 2023. O café conilon está cada vez mais eficiente em logística e aumentou a oferta de cafés com certificações de qualidade e sustentabilidade, permitindo ao Brasil acessar mercados consumidores dessa espécie que antes eram compradores de outras origens produtoras.
“O complexo cafeeiro foi o grande destaque das exportações do agronegócio, consolidando o principal arranjo produtivo agrícola como o primeiro em geração de divisas, superando e muito as exportações de celulose. E o café conilon, presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas, foi o grande responsável por impulsionar esse resultado, visto que essa espécie representa mais de 76% do volume exportado do complexo cafeeiro”, complementa Bergoli.
O Espírito Santo foi o maior exportador de pimenta-do-reino, mamão e gengibre entre os estados brasileiros, além de terceiro colocado na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído.
A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), por meio da Gerência de Dados e Análises (GDN), realiza mensalmente um levantamento detalhado das exportações do agronegócio capixaba, a partir dos dados originais do Agrostat/Mapa e do Comexstat/MDIC.
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