
Entrar em uma grande universidade é o sonho de milhares de jovens e, também, das famílias que ficam na torcida. O estudante capixaba Bruno de Paula Ferreira levou o significado de “dedicação” ao pé da letra em 2019 e ficou em 1º lugar geral do vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um dos mais concorridos do Brasil, deixando para trás mais de 11 mil candidatos.
Como se já não fosse suficiente, Bruno também foi aprovado em mais quatro universidades públicas, sendo primeiro lugar também no Instituto Militar de Engenharia (IME) e na Escola Naval.
Mas a escolha final foi o ITA, em São José dos Campos, São Paulo, onde vai passar os próximos cinco anos estudando engenharia da computação.
Trajetória de estudos
Morador de Vila Velha, Bruno foi aluno do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). Em 2019, foi morar em Fortaleza para fazer um curso durante todo o ano. Com uma rotina de 11 horas por dia de estudo, ele disse que não teve nem tempo de curtir a cidade.
“Esses vestibulares demandam muito do aluno, então sair pra curtir festas, shopping, fica algo bem restrito. Eu, por exemplo, não saí mais de seis vezes no ano pra shopping, para a praia. Tenho amigos que nem saíram de casa. É difícil, mas no final vale a pena”, contou.
No total, o estudante se preparou durante dois anos para o vestibular do ITA, mas contou que sabe de casos de candidatos que tentaram o vestibular por sete anos até serem aprovados.
“É um vestibular muito difícil de passar e tem muita gente com vontade, então se tem gente perseverante pra ficar sete anos tentando, é algo que você tem que se preparar muito pra passar, porque tem pessoas do outro lado também nesse objetivo”, disse.
Agora ele precisa só fazer alguns exames médicos, preparar as malas e se mudar para São José dos Campos. Dia 10 de janeiro ele precisa ir para fazer cursos militares, mas as aulas começam mesmo em março.
Apoio da família
Bruno contou que sem o apoio da família, toda a rotina de estudos ficaria mais difícil. Ele mora com a mãe e Itapoã, Vila Velha.
“Sempre incentivei, sempre levei ele para os lugares quando ele tinha que fazer alguma prova, e naturalmente foi acontecendo. Quando ele saiu pra estudar, eu dei o maior apoio, sempre falei que ele tem que ser feliz, fazer o que ele deseja, e é isso que tá acontecendo”, contou a enfermeira Aliane de Paula e Souza.
Namoro à distância
A namorada de Bruno, Ana Letícia Montovanelli, estuda no Espírito Santo e vão precisar enfrentar um namoro à distância, mas não é a primeira vez. Ela já ficou um ano morando fora do país, fazendo intercâmbio em Taiwan.