Confirmada primeira morte causada por sarampo neste século no Brasil

Morte foi registrada na cidade de São Paulo. Última morte havia sido registrada em 1997

0
776
Foto: Divulgação

A cidade de São Paulo registrou a primeira morte confirmada por sarampo no atual ciclo de surto da doença. É o primeiro caso relatado desde ao menos o ano de 1997. Segundo a secretaria de Saúde, a vítima é um homem de 42 anos. Ele não se imunizou.

A morte da vítima foi registrada no dia 17 deste mês, mas só foi confirmada pela secretaria nesta quarta (28).

De acordo com Solange Saboia, coordenadora de Vigilância e Saúde do município de São Paulo, a confirmação de casos de morte por sarampo precisa seguir um protocolo.

“Seguimos protocolos internacionais para a confirmação e discutimos com a Secretaria Municipal de Saúde. Depois da análise que se confirma”, disse.

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado diz que, ao todo, o estado tem 2.457 casos da doença confirmados, dos quais 66% (1.637) estão concentrados na capital.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O SARAMPO

O que é sarampo?
É uma doença infecciosa aguda transmitida por um vírus, caracterizada por manchas na pele. A doença estava erradicada no Brasil, mas voltou. Uma das razões é a baixa cobertura vacinal, ou seja, as pessoas deixaram de se vacinar.

Como é transmitido?
A transmissão acontece pela saliva, carregada pelo ar (quando a pessoa tosse, fala ou espirra). Ou seja, é altamente contagiosa.

Quais os sintomas?
Febre alta (acima de 38,5°C), manchas vermelhas na cabeça e no corpo, tosse, dor de cabeça, coriza e conjuntivite.

Sarampo pode matar?
Sim. É uma doença que traz complicações graves, inclusive neurológicas, e pode levar à morte. Também pode deixar sequelas como a surdez.

Como é o tratamento?
O doente é isolado e apenas os sintomas são tratados. Por isso, a vacinação é a ferramenta mais eficaz no combate à doença.

O que fazer em caso de suspeita?
Encaminhar o paciente a um serviço de saúde, que por sua vez notificará a vigilância epidemiológica para que esta vacine quem teve contato com o doente.

Quem deve se vacinar?
Bebês de 6 meses a 11 meses e 29 dias devem tomar a dose da campanha e as duas do calendário nacional de imunização, aos 12 meses e 15 meses; crianças e jovens de até 29 anos precisam ter tomado duas doses da vacina -quem tem de 30 a 59 anos, apenas uma dose. A maioria das pessoas com mais de 60 anos não precisa da vacina, pois já teve contato com o vírus. Na dúvida sobre ter ou não tomado a vacina na infância, é melhor tomá-la agora. Não é preciso levar a carteirinha de vacinação.
Em ações de bloqueio, quando identificado caso suspeito da doença, todos devem tomar a vacina, que é uma imunização pontual.

Onde é feita a vacinação?
Em postos de saúde e, durante a campanha, em pontos anunciados pelo governo, como estações do metrô.

Quais as reações à vacina?
Febre e dor no local da injeção, com possível inchaço. Não há reações neurológicas. A vacina NÃO causa autismo.

Quem não pode se vacinar?
Gestantes, transplantados, quem faz quimioterapia e radioterapia, ou usa corticoides ou tem HIV com CD4 menor que 200. Alérgicos a ovo e lactantes podem tomar a vacina.

Por quanto tempo a vacina vale?
Para quem completou as duas doses (ou uma dose até 1989), vale pela vida toda.

Informações de Tribuna Online

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui