Greve dos rodoviários termina na Grande Vitória

Com o fim da greve, a categoria seguirá discutindo com o governo novas propostas e condições de trabalho

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Foto: Mayara Mello/ TV Gazeta

A greve dos rodoviários, iniciada na manhã da última segunda-feira (12), chega ao fim. A decisão foi tomada durante assembleia da categoria, realizada na tarde desta terça-feira (13) na Praça Oito, em Vitória.

Nesta tarde, durante uma nova rodada de negociações realizada entre rodoviários, empresários, Governo do Estado, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o Governo do Estado apresentou novas propostas. Nela, constam seis pontos para que não haja a demissão imediata de mais de 1.100 profissionais.

O Governo do Estado ainda se comprometeu a não cortar o dia de trabalho dos rodoviários, assim como retirar as eventuais multas que poderiam ser aplicadas em razão do movimento.

Paralisação
A paralisação dos rodoviários, que afetou o funcionamento dos ônibus na Grande Vitória, e atingiu mais de 500 mil pessoas, chega ao fim após acordo de conciliação intermediado pelo Tribunal Regional do Trabalho e pelo Ministério Público do Trabalho. Confira abaixo as propostas aceitas pela categoria:

Transição de 60 dias
O primeiro ponto proposto é o período de transição de 60 dias, quando os cobradores vão atuar ainda dentro dos ônibus como auxiliares da nova bilhetagem eletrônica, em especial para deficientes, idosos e gestantes.

Três cursos de capacitação para cada cobrador
No segundo ponto, o Governo propôs que cada um deles tenham acesso à, no mínimo, três cursos de capacitação, para que possam exercer funções novas, como motoristas, mecânicos, eletricistas, auxiliares administrativos, entre outros necessários.

Nova comissão
Um terceiro ponto fala sobre a criação de uma comissão, formada por representantes do governo, e dos sindicatos patronais e da categoria. Essa comissão fará uma reunião mensal para analisar o andamento da transição.

Emprego garantido até 2022
O quarto ponto trata da garantia provisória do emprego. Ou seja, os cobradores não serão demitidos sem justa causa até o dia 31/12/2022, último dia de mandado da atual gestão governamental. Neste período, haverá escalonamento: 200 cobradores podem ser desligados ainda em 2019 e 300 em cada um dos três anos seguintes.

Novas funções
A quinta proposta afirma que, durante o curso de qualificação, o cobrador não será usado na função atual. Cada um já vai passar a exercer as funções para as quais estão sendo capacitados.

Demissão voluntária

Por último, a proposta que é que as empresas apresentem, em até 60 dias, plano de demissão voluntária para aquele cobrador que não quiser fazer a qualificação para aderir a nova modalidade funcional.

Folha Vitória

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