A Terceira Ponte vai ganhar uma quinta faixa em 2020, conforme foi confirmado pela Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), antiga Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop).
A quinta faixa será prioritária para ônibus e táxi. O objetivo é privilegiar o transporte coletivo e dar mais espaço para carros e motos, reduzindo o trânsito nos horários de pico.
Com a mudança, a mureta central será removida. Já a quinta faixa será reversível nos horários de pico. Pela manhã, três serão destinadas para o sentido Vila Velha- Vitória. De noite, será o contrário. Os sentidos serão separados por tachões.
O projeto está sendo estudado pela Semobi e pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (DER-ES), já que é preciso definir, por exemplo, se a faixa para ônibus ficará no meio ou do lado direito. Somente após esse estudo, será lançado o edital de licitação.
Para o engenheiro civil Plutarco Rojas, especialista em trânsito, a quinta faixa pode ajudar a resolver os problemas de engarrafamento.
“Seria um bom paliativo, que já é utilizado em grandes centros, como Boston, nos Estados Unidos. Criar uma via que seja reversível tem um custo mais baixo, e a implantação dura menos tempo do que se fosse construir uma lateral, por exemplo”, observou.
A mestra em Transporte Valéria Ribeiro destacou que, além da quinta faixa, é preciso melhorar o tráfego nos acessos à ponte.
Por meio de nota, a Prefeitura de Vitória informou que há um projeto que prevê a construção de uma via que ligaria diretamente a Reta da Penha à Terceira Ponte, transformando a Praça do Cauê em duas praças, ampliando o espaço de lazer e de convivência da comunidade.
As discussões sobre o assunto estão sendo feitas com o governo do Estado. Os moradores de Praia de Santa Helena, em Vitória, apoiam o projeto, porém com ressalvas, segundo informou o servidor público Eduardo Augusto Nicolau, 52, que mora no bairro.
“Apoiamos, desde que a praça seja ampliada e tenha uma área maior, com equipamentos novos e modernos, e que retirem o fluxo de veículos de dentro do bairro para a Reta da Penha e a rua Dukla de Aguiar, que são vias naturais de acesso à ponte”.
Tribuna Online