Com golaço de Neymar no seu retorno, Brasil vence Croácia em amistoso

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Foto: Mowa Press

Neymar voltou em grande estilo. Fez um golaço e abriu o caminho da vitória da seleção brasileira sobre a Croácia, por 2 a 0, neste domingo em Liverpool, no penúltimo teste da equipe antes da Copa do Mundo. Firmino fez o outro gol. O craque do Paris Saint-Germain fez a diferença em uma partida em que a equipe, diante de um adversário de qualidade, não jogou bem e mostrou defeitos que precisarão ser corrigidos rapidamente, pois a estreia na campanha que visa o hexacampeonato será em 14 dias.

Depois de mais de três meses longe dos campos e da cirurgia no quinto metatarso do pé direito, Neymar entrou no segundo tempo da partida no Anfield Road. Não movimentou-se muito, mas não teve receio de disputar as jogadas, tentou algumas arrancadas, sofreu duas faltas por trás e, quando teve a chance, não perdoou.

A vitória, porém, não esconde os defeitos da equipe, que teve, sobretudo no primeiro tempo, dificuldade com a marcação alta e forte da Croácia, não construiu jogadas e ainda sofreu alguns perigos. Tite terá de trabalhar esses aspectos nesses dias que antecedem ao Mundial.

No próximo domingo, dia 10, a seleção fará o último amistoso preparatório antes da Copa do Mundo, quando enfrentará a Áustria em Viena. Depois, embarca para Sochi, onde fará os ajustes finais para a estreia, dia 17, contra a Suíça, em Rostov on Don.

O JOGO – O Brasil esperava um teste difícil contra os croatas, e teve. Os europeus têm proposta de jogo semelhante à da equipe de Tite e, ao empregá-la, não permitiram que a seleção jogasse na primeira etapa. A marcação forte desde a saída de bola, o encurtamento dos espaços e o bom posicionamento defensivo não permitiram que os brasileiros criassem nada nos primeiros 30 minutos.

A seleção tinha a bola por bom tempo em sua linha defensiva. Então, a Croácia subia a marcação e não permitia que as jogadas fossem iniciadas. Os zagueiros e os volantes brasileiros tocavam, tocavam, e não saiam do lugar. Pior: por várias vezes perderam a bola, pois, pressionados, erravam o passe. Além disso, o goleiro Alisson teve de apelar para os chutões em momentos em que foi pressionado pelos atacantes croatas. O meio-campo do Brasil, marcado fortemente, não conseguia armar e as investidas se resumiam basicamente às tentativas de arrancadas de Willian.

A seleção também pressionava a defesa croata na saída de bola e o capitão Gabriel Jesus atrapalhou várias reposições do goleiro Subasic. Mas chances de gol não foram criadas. Os chutes de Coutinho aos 22 e 24 minutos, sem direção, foram o máximo que o Brasil conseguiu.

Já a Croácia quase chegou ao gol em uma cabeçada de Lovren aos 11 minutos, após escanteio cobrado por Modric, o cérebro do time, e teve boa chance na sequência com Kramaric, mas Allison fez boa defesa.

Depois dos 30 minutos, a seleção melhorou um pouco. Criou algumas jogadas pelo lado direito, com Willian, Paulinho avançou um pouco e Gabriel Jesus, que até então tinha de voltar várias vezes para buscar a bola, pôde trabalhar mais à frente. No entanto, a rigor, o Brasil não conseguiu concluir com perigo contra Subasic. O primeiro tempo teve alguns lances ríspidos, com a entrada de Kramaric em Thiago Silva e a de Fernandinho em Vida, entre outras.

Na etapa final, com Neymar em campo no lugar de Fernandinho, o Brasil voltou ao esquema mais ofensivo e melhorou. Passou a tomar a iniciativa do jogo de forma efetiva e a jogar mais no campo adversário. Willian foi bem pela direita. Aos cinco minutos Marcelo tentou surpreender Subasic de fora da área, mas errou o alvo. Aos 11, Danilo quase mandou a bola para fora do Anfield ao tentar bater de primeira. Aos 12, Neymar finalizou cruzado, mas o chute foi fraco e o goleiro defendeu. A Croácia respondeu dois minutos depois com uma cabeçada de Rebic, que obrigou Alisson a fazer grande defesa.

Os dois treinadores começaram a fazer mudanças em seus times e taticamente o jogo perdeu muito. Restava a qualidade individual dos jogadores. Ou melhor, do jogador.

Aos 23 minutos, Neymar mostrou por que é um dos melhores do mundo. Recebeu de Willian pela esquerda, faixa que gosta, driblou dois zagueiros e mandou um balaço, indefensável para o goleiro Subaric. Emocionado, comemorou como se fosse um gol de final de Copa do Mundo.

Neymar tentaria novamente de falta, sem sucesso, mas a partida já havia perdido a graça, tamanho o número de substituições. No Brasil, por exemplo, Firmino entrou no lugar de Gabriel Jesus, sendo bastante aplaudido. Já Philippe Coutinho, quando saiu para dar lugar a Fred, recebeu vaias. Um pouco por sua má atuação e também porque pelo menos parte da torcida do Liverpool ainda não o perdoou pela “ingratidão” de trocar o time pelo Barcelona.

Danilo ainda teve uma boa chance de ampliar, mas chutou por cima. Mas ainda deu tempo para a estrela da casa, Roberto Firmino, fazer o segundo do gol, ganhando uma disputa com a zaga e encobrindo o goleiro com bonito toque.

Folha Vitória

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