Depois de cerca de 1 mês em falta no Espírito Santo, 20 mil doses da vacina pentavalente foram recebidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na manhã desta quarta-feira (14). A distribuição já começou a ser feita nas unidades de saúde da Grande Vitória.
A vacina deve ser aplicada nos bebês em três doses: uma aos dois meses, depois aos quatro e depois aos seis. Ela imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo B.
Mães de bebês que precisavam ser imunizados começaram a reclamar da falta das doses nos postos públicos de saúde no dia 21 de fevereiro. Uma delas contou que já estava percorrendo as unidades da região Metropolitana há dias, sem sucesso.
A Sesa informou que as doses que chegaram nesta quarta serão distribuídas também nas regionais de Colatina e São Mateus, que poderão fazer a retirada nesta quinta-feira (15). No caso da regional de Cachoeiro de Itapemirim, na sexta-feira (16). Cada regional irá definir como será a distribuição aos municípios.
De acordo com a enfermeira da Rede de Frio, do Programa Estadual de Imunizações, Jeane Cristina Batista Pessoa da Silva, a última remessa enviada ao Espírito Santo aconteceu em dezembro do ano passado, no entanto, ela ressaltou que a rotina é receber as doses mensalmente.
O quantitativo recebido nesta quarta-feira corresponde, segundo ela, a 20% a mais do que é recebido rotineiramente, para suprir a falta.
Entenda a importância da vacina
O pediatra Rodrigo Aboudib, que também é presidente da Sociedade de Pediatria do Espírito Santo, explicou que a dose da vacina pentavalente é muito importante nos primeiros meses de vida da criança, porque protege contra cinco doenças.
“O sistema imunológico dessa criança está em formação e a vacina vem como uma forma de estimular o sistema imunológico para fazer uma efetiva defesa do organismo dessa criança”, explicou.
Ele conta que é importante não ficar sem vacinar. “Se a criança já tomou alguma dose e não conseguiu fazer uma segunda dose, é importante que seja dito que essa primeira vacina nunca está perdida. Se passar uma semana, não tem problema, o importante é que temos que vacinar toda a nossa população infantil”, destacou.
G1 ES