Moradores de Sooretama, no Norte do Espírito Santo, reclamam da água suja que tem chegado às casas do bairro Salvador, no município, há cerca de três meses. Coloração amarelada e cheiro forte de ferrugem são as principais queixas da população local.
O Saae disse a falta de energia na estação de tratamento ocasionou o problema no abastecimento do bairro, mas já está sendo solucionado.
Por causa dessa água, alguns moradores tiveram problemas de saúde, como dor de barriga e vômito. “Coceira também. Eu tive que tirar minhas netas daqui, por causa desse problema da água. Tem que ir para outro município, porque talvez lá seja bem tratada, já que aqui não é. E a gente tem que pagar os talões”, disse a trabalhadora rural Maria Ilza.
O pedreiro Moacir Alves também contou que familiares dele passaram mal por causa da água. “Se tomar a água, dá dor de barriga. No outro dia, tem que levar para o PA. Basta tomar um copo dela e pronto. A gente pega água para beber, fazer comida em outro lugar”, falou.
O Saae explicou que precisou tomar providências urgentes para resolver o problema. “Por isso, a gente teve que ligar, de maneira emergencial, o poço artesiano que já estava desativado. Hoje, já foi monitorado e está chegando água em todas as torneiras, graças a Deus”, disse o diretor Josmiro Elizeu da Silva.
Ele ainda garantiu que a água está própria para consumo. “Problema não há, mas, segundo a organização de saúde, é preciso que se tenha um filtro, que ferva a água antes de beber”, destacou.
Enquanto isso, a obra da estação de tratamento da cidade, que poderia aliviar o problema, está dois anos e meio atrasada. O prazo de entrega era 2015, mas o secretário de Administração disse que ainda não dá uma nova data para que a obra, que custou quase R$ 8 milhões, fique pronta.
“No caso dessa obra, nós encontramos irregularidades e, então, houve uma paralisação durante muito tempo, desde 2015. Por causa dessa paralisação, partes da obra se deterioraram, algumas coisas trouxeram dúvidas em relação ao que foi investido do dinheiro público e tem que ser auditado. O processo continua andando e nós já fizemos aportes financeiros, inclusive para resolver essa questão”, explicou Reofran Pereira dos Santos.
G1 ES