Em pleito encerrado apenas na madrugada nesta quarta-feira, em São Januário, a chapa “Reconstruindo o Vasco”, liderada pelo atual presidente vascaíno, Eurico Miranda, venceu a disputa para garantir ao polêmico dirigente mais um mandato à frente do clube.
O dirigente triunfou em uma eleição na qual a sua chapa recebeu 2.111 votos, enquanto a “Sempre Vasco”, capitaneada por de Julio Brant, contabilizou 1.975. A chapa de oposição, porém, já avisou que vai acionar a Justiça para tentar impugnar o resultado do pleito por causa da apuração de uma urna, que está sendo chamada de “urna da discórdia” e continha 475 votos, contabilizados em separado, sendo que a mesma apontou 428 votos ao atual mandatário e apenas 42 a Brant.
Antes da apuração desta urna, a contagem dos votos vinha sendo altamente equilibrada. E, se os votos da mesma fossem invalidados pela Justiça, o candidato da chapa de oposição ganhará o pleito com uma vantagem de 1.935 a 1.638 sobre Eurico.
A confusão provocou um fato curioso após o término da eleição, com os membros das duas chapas comemorando o resultado ao final do pleito. Brant está confiante de que conseguirá impugnar os votos desta “urna da discórdia” e qualificou como “bizarra” a apuração da mesma. “Todas as urnas foram parelhas. Só uma teve mais de 90% de votos para um candidato. Vai ser uma decisão fácil da Justiça, que vai anular aqueles votos e o Vasco seguirá vida nova. Me considero presidente do Vasco”, afirmou o candidato.
Eurico, porém, ironizou as alegações desta chapa de oposição e ainda exibiu arrogância ao dizer que nunca considerou Brant um candidato que pudesse tirá-lo do poder. “Tem de comer muito angu para ser meu adversário”, afirmou o dirigente, que também questionou: “O que eles (da chapa Sempre Vasco) vão impugnar? Os votos? Tá bom, mas baseado em quê? Baseado em quê?”.
Antes da decisão que será tomada pela Justiça, Eurico foi eleito nas urnas para um novo triênio como presidente do Vasco. A eleição encerrada na última madrugada ainda contou com a participação da chapa “Mudança com Segurança”, liderada por Fernando Horta, que recebeu apenas 421 votos. O pleito também teve três votos em branco e mais três anulados.
A suspeita sobre o resultado da eleição reside no fato de que estes 475 votos da chamada “urna da discórdia” foram dados por torcedores que se tornaram sócios do clube de forma maciça entre novembro e dezembro de 2015, quando se encerrou o período para se tornar apto para participar do pleito.
Folha Vitória