Ao comentar a privatização da Eletrobras, nesta terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o processo deve ser concluído até o fim do primeiro semestre do ano que vem. Segundo o ministro, a desestatização da companhia é “muito maior” que a necessidade de arrecadação do governo federal. O ministro também afirmou que a expectativa é que a conta de luz fique mais barata com a privatização da Eletrobras, no médio prazo. Segundo o ministro, a empresa ficará mais eficiente.
— Vai ter um cálculo sobre o impacto ao consumidor. Nas nossas contas, com a eficiência que vai ganhar a empresa, a nossa estimativa é que será uma conta de energia mais barata no médio prazo — disse o ministro, acrescentando:
— Esse é um movimento muito maior e mais importante do que uma necessidade de arrecadação. Nós estamos levando ao setor de infraestrutura e ao setor elétrico uma nova empresa, mais ágil, moderna, com capacidade de enfrentar os desafios que se colocam diante de um cenário ainda mais competitivo. Nós temos um calendário planejado. Temos um prazo de concluir esse processo até o final do primeiro semestre do ano que vem. Essa é uma decisão de governo.
A proposta de venda da empresa será submetida nesta quarta-feira ao conselho da estatal, segundo o ministro. O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, disse que os processos de reestruturação da empresa não mudarão em função da intenção do governo em privatizar a empresa. Segundo ele, todo o calendário de ajustes na empresa, que fez a estatal voltar a dar lucro, continua normalmente.
— Eu fico satisfeito com a decisão, porque permite à Eletrobras participar mais ativamente no processo de mudanças no setor elétrico. O plano de reestruturação da companhia continha no cronograma estabelecido. Não temos um minuto a perder — disse Ferreira.
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, disse que o complexo nuclear de Angra e a Usina de Itaipu terão tratamento diferenciado dentro do processo de desestatização da Eletrobras.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que o modelo de venda da empresa ainda não está definido.
— A modelagem ainda não foi definida, se será por venda de controle ou diluição de participação. Isso não está definido. Modelagem não podemos adiantar nesse momento. Isso será explicado oportunamente — afirmou Guardia.
Gazeta Online