Mercado de trabalho no Espírito Santo mostra tendência de recuperação

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Foto: Frederico Haikal

Embora o Espírito Santo tenha fechado 1.841 postos de trabalho em julho, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostram que a tendência do mercado está mudando.

Se nos últimos dois anos, foram mais de mil empregos extintos, o Espírito Santo começa a apresentar um saldo positivo. No ano, houve a criação de 3.615 vagas. “Ainda é cedo para dizer que existe uma recuperação, mas percebemos uma situação mais favorável. Entre janeiro e julho de 2016, foram 19 mil empregos perdidos. O cenário está melhor agora”, explica Victor Toscano, especialista em estudos e pesquisas governamentais da Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades).

A velocidade da retomada, no entanto, segundo o economista, vai depender da agilidade em que ocorrerá a volta do crescimento da atividade econômica. “Há sinais de melhora na indústria, por exemplo. Quando comparamos junho de 2017 com junho de 2016 podemos ver uma expansão de 10% na produção. No ano, o acumulado é de 4,5%. Isso reflete em empregos”, acrescenta Toscano.

Entre os municípios que mais se destacaram na abertura de oportunidades de trabalho, segundo o economista, está Aracruz. “Nesse município, somente o setor de serviços, abriu 581 postos de trabalho. Quem também se destacou foi a indústria de transformação com 379 vagas geradas por causa dos setores de mecânica, material de transporte e metalurgia”, explica.

DADOS DE JULHO

A queda de mais de 1,8 mil postos de trabalho em julho no Espírito Santo é reflexo do fim do período de colheita no setor agrícola, que perdeu no período 1.228 vagas.

No mês, os únicos setores que criaram oportunidades de trabalho foram o comércio, com 140 vagas, e a administração pública, com quatro vagas.

Os dados mais detalhados do Caged foram divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho. Uma prévia do levantamento foi publicado na semana passada.

No ano, entre os municípios capixabas cobertos pela pesquisa Guarapari foi o que apresentou a pior performance no ano, com fechamento de 1.149 vagas. Já Aracruz teve o melhor comportamento com a geração de 1.033 postos de trabalho.

“Quando se olha de forma mais ampliada, percebe-se um avanço do comércio e da construção civil também na Região Central do Estado”, explica Toscano.

Gazeta Online

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