A vereadora de Linhares Rosa Ivania Euzebio dos Santos, conhecida como Rosinha Guerreira, foi afastada do cargo por suspeita de crime de corrupção por meio da prática conhecida popularmente como “rachid”, que é quando um político que exerce um determinado mandato exige para si parte do pagamento de servidores, como condição para a obtenção ou manutenção do trabalho. A informação é do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES).
Rosinha Guerreira foi presa na última segunda-feira (26), durante a operação “Salário Amigo”, deflagrada pelo MPES, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte), da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Linhares e do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar ao MPES, com apoio da Polícia Militar.
A vereadora foi ouvida na Promotoria de Justiça de Linhares e, em seguida, foi conduzida para o Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL). Rosinha foi afastada do cargo a pedido do MPES e teve os bens bloqueados, para eventual ressarcimento ao erário. Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e 12 conduções coercitivas de testemunhas. Os mandatos foram expedidos pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Linhares.
Os promotores responsáveis pela operação informaram que as investigações estão sob sigilo, porque ainda há medidas cautelares a serem cumpridas. A apuração começou na 1º Promotoria de Justiça Criminal de Linhares e depois foi absorvida pelo Gaeco-Norte.
As investigações continuam e, agora, o MPES vai verificar o envolvimento de outras pessoas a partir do que for coletado no caso. O MPES também deverá pedir a indenização por danos morais coletivos, ao denunciar os agentes públicos envolvidos, um ineditismo nesse tipo de caso.
A reportagem tentou contato com a Câmara de Vereadores de Linhares para saber se o presidente da Casa já foi notificado da decisão, contudo, não obteve retorno. Também foi procurado o advogado de defesa da vereadora para comentar sobre os fatos, mas ele não atendeu às ligações.
Folha Vitória