O Ministério Público do Trabalho (MPT) sugeriu que as empresas de ônibus concedam 3% de reajuste para os Rodoviários. Motoristas e cobradores estão em greve há 11 dias e reivindicam aumento com base na inflação mais ganho real de 5%.
O procurador Levi Scatolin explicou que o índice proposto pelo MPT é um pouco acima da inflação e foi considerado pelo relator do processo, Valério Soares Heringer, como razoável perante o momento econômico. As empresas, no entanto, oferecem 1,83%.
A falta de acordo quanto ao reajuste salarial levou à greve dos rodoviários que, por determinação da Justiça, mantem 70% da frota circulando nos horários de pico (das 6 às 9h e das 17 às 20h) e metade dos ônibus nos demais períodos.
A redução no número de viagens tem causado transtorno à população, mas o movimento será mantido pelo menos até o próximo dia 10, quando será realizada audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para julgar o dissídio.
“O índice do Ministério Público é melhor que o das empresas, mas ainda esperamos mais”, afirma Edson Bastos, presidente do Sindirodoviários.
Por nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande (GVBus) e o Sindicato de Transporte de Passageiros (Setpes) informaram que vão aguardar o julgamento do dissídio coletivo no dia 10 para se posicionar sobre o assunto.
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