A seleção brasileira faz nesta terça-feira um dos testes mais difíceis da era Tite – o time enfrenta a Inglaterra, em Wembley, às 18 horas (de Brasília). Em seu primeiro jogo contra uma seleção europeia, o técnico vai mandar a campo a equipe considerada ideal – são os 11 titulares que poderão começar a Copa do Mundo da Rússia. O meio-campo do Brasil foi confirmado com Casemiro, Paulinho, Renato Augusto e Philippe Coutinho, além de Neymar com liberdade para “flutuar” entre o meio e o ataque.
Na semana passada, antes do amistoso contra o Japão, Tite havia afirmado que pretendia ver o Brasil jogando com espírito de Mundial. Contra a Inglaterra, o técnico lança mão de sua melhor escalação, mesmo que o rival treinado por Gareth Southgate esteja desfalcado. Com Coutinho recuperado de lesão, o treinador decidiu-se por Renato Augusto na disputa com Fernandinho e Willian. O time titular deverá ser escalado com Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro; Paulinho, Renato Augusto, Philippe Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus.
Mesmo que não assuma o time que entrará em campo em Wembley como titular, o treinador reconhece que está diante de um adversário que não apenas tem camisa e envergadura de grande do futebol mundial, mas também está em um grande momento e chega à Copa do Mundo como um dos favoritos ao título. Para o comandante, a seleção brasileira teve na vitória por 3 a 1 contra o Japão, em Lille, na França, na semana passada, um início promissor, acelerado, mas acabou caindo de nível e perdendo competitividade, até pelas experiências realizadas. Agora a situação é diferente.
“O nível de exigência técnico é superior sim”, avaliou, referindo-se ao time inglês. Segundo ele, nos últimos dez anos a Inglaterra soube adaptar seu DNA, de futebol de contato, de imposição física e bolas na área, agregando mais qualidade técnica. “Há uma mescla talvez histórica do futebol mais jogado, mais triangulado, no chão, mantendo o contato físico, a bola alta, que está no DNA”, analisou.
Sobre enfrentar pela primeira vez uma equipe europeia, Tite se disse honrado por estar em Wembley. “Mudam as características da equipe. A japonesa era muito móvel, a inglesa é muito técnica, de imposição física. Muda também o cenário, já que Wembley, como o Maracanã, é um templo do futebol mundial. Isso tudo interfere”, reconheceu, alegre de comandar a equipe em Londres.
Daniel Alves, que também deu entrevista coletiva nesta segunda-feira, confirmou que a atmosfera é diferente quando se enfrenta uma equipe como a inglesa em um palco como Wembley. “É muito especial pisar em templos de futebol. Wembley é um deles”, frisou.
Questionado sobre o time inglês, que terá oito desfalques no grupo – incluindo o meia Dele Alli e o atacante Kane, ambos astros do Tottenham -, o lateral fez questão de minimizar as baixas, lembrando que o elenco adversário é excelente e conta com jovens promessas. “Nós respeitamos a história da seleção que enfrentamos, e em consequência os nomes que estarão em frente”, disse.
Folha Vitória