Bolsas de estágio em empresas do ES podem chegar a R$ 1,5 mil

Além de colaborar com o aprendizado, as empresas estão oferecendo bolsas bastante atrativas para quem tem a intenção de fazer parte do quadro de funcionários

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Colocar em prática tudo que aprendeu nos bancos escolares. Este é o principal objetivo do estágio, que é considerado a porta de entrada para o mercado de trabalho. Além de colaborar com o aprendizado, as empresas estão oferecendo bolsas bastante atrativas para quem tem a intenção de fazer parte do quadro de funcionários.

Um estudo da recrutadora Companhia de Estágios revela que, atualmente, 59% dos estudantes que participam dos programas de aprendizagem recebem uma bolsa-auxilio maior que o salário mínimo atual, que é de R$ 937. Ainda de acordo com o estudo, 29% dos entrevistados ganham até R$ 1.200; 18% recebem até R$ 1.500 e quase 12% dos jovens possuem remuneração acima desse valor.

Um outro estudo feito pelo Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube) indicou que a média de remuneração para os estudantes de nível superior no país é de R$ 1.083,95. Os alunos mais bem remunerados são o de Agronomia (R$ 1.846,07) e de Economia (R$ 1.755,64).

No Espírito Santo, os estudantes de Engenharia Química recebem, em média, R$ 1.213,43 e os de Arquitetura, R$ 1.050,72. Mas há chances com inscrições abertas e remuneração acima disso: a Vale tem 101 vagas com bolsa de até R$ 1.118 e a EDP vai pagar até R$ 1,5 mil para 15 selecionados.

Só para se ter uma ideia, um operador de telemarketing recebe salário em torno de R$ 988, enquanto um vendedor ganha R$ 1.036. Os dois cargos exigem o nível médio de escolaridade.

A gerente de treinamento do Nube, Yolanda Brandão, lembra que o estágio é uma garantia de aprendizado, onde o estudante coloca em prática o que aprende na faculdade. “O estágio é bastante interessante para quem está querendo entrar no mercado. Para garantir uma vaga, esse estudante tem que falar sobre o porquê da escolha desse curso, o que lhe interessa na carreira e se participou de algum trabalho na faculdade como pesquisa e monitoria”, comenta.

A estudante de serviço social Soraia Fernanda Pereira de Faria está no oitavo período do curso e realiza, no período da tarde, seu estágio na Coordenadoria de Relações Humanas da Gerência de Recursos Humanos do Banestes.

O contrato dela é de quatro horas diárias e a bolsa é de R$ 1.019,17, mais auxílio transporte de R$ 70,40. Aliás, os estudantes desse curso dizem que as empresas pagam em média R$ 800 para seis horas de trabalho.

“Com a experiência, adquiri maturidade para lidar com certos tipos de situações. Agora estou segura para encarar a carreira de fato e preparada para o mercado de trabalho. Minha atuação é no setor de Recursos Humanos, onde aprendi a participar de processos e ter contato com profissionais de várias formações. Quem quer conseguir uma vaga não pode ter medo de desafios”, diz a jovem.

TRAINEE É OUTRA FORMA DE CONSEGUIR VAGA EFETIVA

Outra forma de contratação de novos talentos é por meio dos programas de trainee. Neste caso, as empresas buscam jovens que tenham terminado o nível superior há no máximo dois anos ou que vão concluí-lo em até 24 meses. O objetivo é selecionar jovens talentos que possam se desenvolver dentro da companhia e ocupar cargos de liderança.

Este processo seletivo é realizado por grandes companhias que exigem, entre os requisitos, inglês intermediário ou fluente e disponibilidade para viagens e para mudanças de cidade. A duração média dos programas é de um ano e a remuneração gira em torno de R$ 5 mil.

Só para se ter uma ideia, a Serasa Experian está com inscrições abertas para o programa até 4 de outubro, no site www.99jobs.com. O salário é de R$ 5,3 mil para quem se formou a partir de dezembro de 2015.

Gazeta Online

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