Produção industrial do ES cai 8,3%; maior queda desde acidente da Samarco

Paralisação em plataforma de petróleo durante 20 dias foi um dos fatores que puxou a queda. Este é o pior resultado desde novembro de 2015

0
1057
Petróleo

A produção industrial do Espírito Santo recuou 8,3% durante o mês de julho, de acordo com dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira (6). Esta é a maior queda já registrada desde novembro de 2015, quando houve um recuo de 9,5% logo após o rompimento de uma barragem da Samarco em Mariana (MG), o que diminuiu a produção de minério de ferro no Estado.

Segundo a pesquisa do IBGE, a retração foi puxada por uma redução de 9,4% na atividade de indústrias extrativas, principalmente na produção de óleos brutos de petróleo. Isso se deve devido a uma paralisação de 20 dias da plataforma P-58, no Litoral Sul capixaba, para a manutenção da embarcação, de acordo com a Petrobras.

De janeiro a maio, a P-58 havia produzido, em média, 181 mil barris de óleo equivalente (boe = petróleo + gás) por dia, o que representou uma participação média de 38,5% na produção total do Estado, de 470 mil boe diários.

Outro setor que também produziu menos foi o de granito talhado ou serrado, que registrou queda de 4,6%. Por outro lado, o setor de alimentos se mostrou aquecido durante o período, com aumento de 8,3% na produção, por conta da alta na fabricação de carnes de bovinos frescas e refrigeradas, açúcar cristal e massas alimentícias secas.

Apesar do resultado ruim, já esperado pelo mercado por conta da manutenção programada na plataforma de petróleo, o Estado avançou 3,1% no acumulado do ano, considerando a produção industrial de janeiro a julho.

Na comparação com julho de 2016, neste ano a queda durante o mesmo período foi de 4,4%. Em maio a produção industrial capixaba havia recuado 2,7%, enquanto que em junho havia recuperado parte da queda e crescido 0,3%.

Cenário Nacional

A produção industrial brasileira cresceu 0,8% na passagem de junho para julho deste ano. Esta é a quarta alta consecutiva do indicador nesse tipo de comparação. Na passagem de maio para junho, o aumento havia sido de 0,2%.

Gazeta Online

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui