Petrobras investirá meio bilhão de dólares por ano no Estado

Volume de recursos será aplicado em atividades de exploração, produção, refino e distribuição

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Foto: Felipe Kateb/ Petrobras

Até 2021 a Petrobras investirá em média mais de meio bilhão de dólares por ano no Espírito Santo. A quantia envolve recursos para áreas como exploração e produção (E&P), refino e gás natural (RGN) e distribuição.

Os investimentos, de US$ 2,7 bilhões (R$ 8,478 bilhões), fazem parte do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021 e foram apresentados nesta segunda-feira (21) pelo gerente-geral da estatal no Estado (UO-ES), Ricardo Pereira de Morais, durante o IX Fórum Capixaba de Energia, em Vitória.

Na ocasião, Morais destacou que os investimentos vão criar muitas possibilidades de negócios, empregos e fornecimento de bens e serviços, inclusive para empresas locais, oportunizando o desenvolvimento de soluções e inovações voltadas para a cadeia de óleo e gás. “Hoje, por exemplo, já temos empresas que estão desenvolvendo drones para inspecionar dutos em plataformas”, citou o gerente ao destacar a qualidade dos fornecedores capixabas.

No planejamento da Petrobras para o Espírito Santo, o ano de 2021 é o que vai receber o maior volume de recursos (US$ 966 milhões). É nesse período que será instalado um grande sistema de produção, o Integrado Parque das Baleias. Esse projeto prevê a interligação de 22 poços dos campos de Jubarte e Cachalote a uma nova plataforma com capacidade de produção de 100 mil barris de óleo por dia e 4 milhões de metros cúbicos diários de gás.

Outros investimentos que também prometem movimentar o setor petrolífero no Espírito Santo e no Brasil como um todo vão acontecer a partir dos leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP), previstos para este ano.

Segundo o diretor da agência reguladora, Waldyr Barroso, os novos blocos exploratórios que serão licitados têm um potencial de gerar R$ 260 bilhões em investimentos até 2027. Além disso, serão responsáveis pelo incremento de cerca de 300 poços offshore (em mar) e a instalação de 17 FPSOs (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás).

Em setembro, 31 blocos onshore (em terra) e offshore do Estado serão ofertados na 14ª Rodada. Pelos cálculos da ANP, as novas áreas vão atrair cerca de R$ 50 bilhões em negócios.

O diretor frisou a importância dos leilões para a indústria e lembrou como os cinco anos sem rodadas (2008-2013) fizeram com que as atividades exploratórias praticamente cessassem. Enquanto em 2012 haviam aproximadamente 100 sondas perfurando no país, em 2016 foram apenas 17. O declínio também foi acentuado na quantidade de poços exploratórios. Passou de 240, em 2012, para sete, em 2016.

“Acreditamos que é preciso fazer com que essa indústria se revitalize e volte a crescer, e a retomada dos leilões é uma grande chance para isso.”

ANP ACELERA NOVA NORMA DE ROYALTIES 

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) quer acelerar a resolução que vai regulamentar a redução dos royalties incidentes quando houver novos investimentos em campos maduros, afirmou o diretor-geral da agência reguladora, Décio Oddone. A regra estava prevista para sair em seis meses.

Para atrair mais investimentos para os campos em declínio natural, a ANP pretende reduzir à metade o porcentual de royalties sobre a produção excedente que resultar de novos investimentos nos campos maduros. Atualmente ele é de 10%. “Cada 1% de aumento do fator de recuperação das reservas brasileiras de petróleo vai demandar US$ 18 bilhões em investimento e US$ 11 bilhões gerados em royalties”, disse.

O fator de recuperação é a quantidade de petróleo que pode ser de fato extraída dos campos em produção no país. Hoje a média de recuperação de óleo equivalente nas bacias brasileiras é de 21% e na Bacia de Campos chega a 24%.

Agência Estado

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