A introdução da tecnologia 5G no Brasil, que começou há mais de dois anos, ainda apresenta números modestos. De acordo com um estudo da consultoria Omdia, apenas 11% das conexões no país utilizam essa nova tecnologia, com 13,5% da população já conectada. Atualmente, o 5G está disponível em 666 municípios, totalizando cerca de 33,2 milhões de conexões. A Anatel estima que até 2029, todas as cidades brasileiras terão acesso ao sinal 5G. Comparado ao 4G, a adoção do 5G está aquém das expectativas. No entanto, a previsão é que, em dois anos, as conexões 5G superem as do 4G, alcançando 69% até 2028. Essa expectativa é impulsionada pela maior disponibilidade da rede e pela redução nos preços dos dispositivos compatíveis com a nova tecnologia.
A Anatel informa que a infraestrutura para o 5G está se expandindo rapidamente, com a instalação de 21,3 mil antenas, superando a meta inicial de 6,4 mil. Contudo, a implementação do 5G exige de cinco a dez vezes mais antenas do que o 4G, o que torna a expansão mais desafiadora. A maior parte das conexões 5G está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, que juntas representam 71,3% das áreas atendidas. Embora a penetração do 5G ainda seja baixa, o Brasil se destaca como líder no mercado de 5G na América Latina, com 79% das conexões na região. A Omdia ressalta que o crescimento do 5G na América Latina é desigual e enfrenta desafios, especialmente em relação à monetização do serviço e à percepção de seus benefícios pelos consumidores.
As aplicações empresariais do 5G são vistas como uma oportunidade promissora para gerar receita. No entanto, as operadoras ainda têm dificuldades em demonstrar aos consumidores as vantagens dessa nova tecnologia. Uma pesquisa revelou que 92% dos consumidores associam o 5G apenas à maior velocidade, sem reconhecer outras possíveis vantagens que a tecnologia pode oferecer.
Jovem Pan