O leilão para a compra de arroz, que havia sido descartado anteriormente, pode ser retomado, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Apesar de Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, ter afirmado que a situação está normalizada, com preços e abastecimento sob controle, Teixeira destacou que a decisão final dependerá da evolução dos valores, especialmente nas capitais do Nordeste, onde o custo do produto ainda é elevado. Duas tentativas anteriores de leilão foram frustradas. Na primeira, foi suspenso por falta de interessados. Na segunda, cancelado devido a suspeitas de irregularidades, resultando na queda de Neri Geller, que era secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura.
O governo Lula está em negociação com os produtores e monitorando semanalmente os preços do arroz. Se não houver redução significativa, um novo leilão poderá ser realizado. Cerca de 70% do arroz consumido no Brasil é produzido no Rio Grande do Sul, e tanto o governo estadual quanto os produtores locais têm se manifestado contra o leilão, alegando concorrência desleal. A proposta inicial do Palácio do Planalto era comprar arroz para reduzir o preço do pacote de 5 kg para cerca de R$ 2,40 por kg, o que gerou desgaste com os agricultores gaúchos e acusações de leilão dirigido.
Jovem Pan