Após criticar a medida, presidente sanciona taxação de compras internacionais de até US$ 50

A chamada ‘taxa das blusinhas’ estava dentro do projeto do Mover, agora transformado em lei; presidente a havia chamado de ‘irracional’

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Foto: Reprodução / Twitter

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio do Itamaraty, nesta quinta-feira (27). Durante o encontro, Lula sancionou o projeto de lei que cria incentivos para a indústria automobilística, conhecido como “Mover” (Programa Mobilidade Verde e Inovação). O projeto sancionado por Lula inclui medidas para a indústria automobilística, como a taxação de importados, conhecido como “taxa das blusinhas”, mesmo não sendo o foco principal da proposta.

A taxação de até US$ 50 por compras no exterior por pessoas físicas entrará em vigor a partir de 1º de agosto. O Conselhão, que representa o diálogo entre o Executivo e a sociedade civil, realizou sua terceira reunião com o presidente Lula. O programa Mover, prioridade do governo, busca modernizar a indústria automotiva brasileira em direção à economia verde. Além disso, o projeto prevê que empresas do setor automobilístico que produzem no Brasil poderão obter créditos financeiros para abatimento de tributos ou ressarcimento em dinheiro até 2028. Empresas que investirem em tecnologias sustentáveis também poderão receber incentivos financeiros, com um escalonamento de recursos que chega a R$ 4,1 bilhões em 2028.

Apesar da decisão, o presidente havia comentado anteriormente que era contra o imposto. Em entrevista concedida à Rádio CBN no dia 18, o petista disse achar equivocada a taxação. “Por que taxar US$ 50? Por que taxar o pobre e não taxar o cara que vai ao free shop e gasta mil dólares?”, questionou. “É uma questão de consideração com o povo mais humilde”, citando que essa foi sua divergência em relação à proposta. Na época, Lula destacou que a sanção seria feita pela “unidade do Congresso e do governo, das pessoas que queriam”. “Mas eu, pessoalmente, acho equivocado a gente taxar as pessoas humildes que gastam US$ 50”, comentou. À época presidente chamou medida de “irracional”.

Jovem Pan