O índice que mede a confiança da indústria avançou 1,5 ponto em janeiro, para 100,9 pontos, o maior valor desde março de 2018 (101,4 pontos), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado deste mês é atribuído à melhora das expectativas dos empresários, já que o indicador de situação atual se manteve estável. A confiança subiu em 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados.
De acordo com Renata de Mello Franco, economista da FGV/IBRE, apesar de ainda haver insatisfação por parte dos empresários em relação ao nível de demanda atual, há melhora “considerável” nas expectativas, sinalizando que ânimo tende a melhorar no primeiro semestre, “mas sua sustentação depende da evolução da demanda interna”. “O resultado da sondagem de janeiro mostra que a confiança inicia 2020 mantendo a tendência de recuperação iniciada em outubro de 2019”, comentou.
O Índice de Expectativas (IE) avançou 2,8 pontos, para 102,0 pontos, o maior valor desde junho de 2018 (102,3 pontos). Já o índice de Situação Atual (ISA) variou 0,1 ponto, para 99,7 pontos, o maior valor desde março de 2018 (100,1 pontos).
Neste mês, todos os indicadores que compõem o IE avançaram para a faixa dos 100 pontos. A variação de 4,6 pontos do indicador que mede as perspectivas sobre a evolução do ambiente de negócios nos próximos seis meses, para 103,5 pontos, foi o que mais contribuiu para a alta do índice. Houve crescimento da proporção de empresa prevendo melhora da situação dos negócios nos próximos seis meses, de 36,8% para 44,0%, e queda na proporção das que preveem piora, de 8,9% para 8,5% do total.
Em relação ao ISA, apenas o indicador que mede a satisfação com a situação atual dos negócios apresentou queda, passando de 100,7 pontos para 100,0 pontos. Por sua vez, o indicador de nível de estoques aumentou 0,7 ponto, para 101,5 pontos, enquanto demanda total variou 0,4 ponto, para 97,7 pontos, o mesmo valor de julho de 2018.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,6 ponto percentual, para 75,7%, mesmo valor observado em agosto e outubro de 2019. Na comparação interanual, sem ajuste sazonal, o resultado é 1,1 ponto percentual superior.
G1