Prestes a completar quatro anos do rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, que paralisou as atividades da Samarco, o governador Renato Casagrande usou as redes sociais para dizer que a mineradora está perto de retomar a operação.
O governador disse ter sido informado que até o dia 25 deste mês a Samarco receberá a licença definitiva para retomar as operações em Anchieta, no Porto de Ubu, destinado ao escoamento do minério de ferro produzido pela marca.
A volta da mineradora, contudo, só deve acontecer no segundo semestre de 2020, com as atividades reduzidas a 26% da capacidade.
Após a tragédia de Mariana, ocorrida em 5 de novembro de 2015, todas atividades da empresa foram paralisadas.
Para retornar a produção de minério de ferro, a empresa precisa de duas licenças: a primeira, referente a um novo local para a disposição de rejeitos; e a segunda, relativa ao Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano, localizado em Mariana e Ouro Preto (MG).
Prejuízos
Sem operar no estado, a Samarco deixa de pagar R$ 206 milhões em impostos estaduais e outros R$ 8,5 milhões em tributos municipais por ano, que representam, respectivamente, 2% da receita tributária do Estado e 21% dos tributos arrecadados em Anchieta.
Anchieta
O impacto financeiro da paralisação das atividades da Samarco em Anchieta é imensurável, tanto para o município do sul do Estado como para o Espírito Santo. Antes do desastre, a unidade de pelotização da empresa em Ubu recebia, por meio de três minerodutos de 400 km, parte do minério de ferro extraído em Minas Gerais.
Folha Vitória